terça-feira, 19 de maio de 2009

Conto do tempo

Faz de conta que sou tempo
E guardo no meu bolso
Os dias de mil glórias
Mil amores de infância
Dez espinhas na cara

Faz de conta que sou tempo
E embrulho pra presente
Tapas a orgulhosos
Rugas a vaidosos
Ilusões e cabelos caídos

Faz de conta que sou tempo
E brinco de esconde-esconde.
Escondo dias em vida
Revelo angústias em morte
Labores, lágrimas e alegrias

Faz
Faz de conta então...
E bem no final das contas feche os olhos
E me deixe, me deixe passar.

Nenhum comentário: