quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Apelo Leninico

Me ajude a ver a vida de uma outra maneira. “ME” ajude. Não vou usar ênclise, porque a minha necessidade está acima de qualquer regra. É o despertar de um protesto. Sou contra as normas que me levam a ter necessidades. Por isso, me desfaço terminantemente de qualquer coação que me leve a sentir frio.

Frio. Vento. Sol a pino. A estrada é feita de percepções. É por elas que peço: ME ensine a ver o caminho não pelo horizonte. Me ensine a mimar a estrada. Esquadrinhar cada pedaço de chão. Apelidar pedrinhas. Rir dos tombos, caducar os morros com todas as suas subidas e decidas. Quero ver. Não quero apenas a glória de chegar, porque aqui não sei onde estou indo. Quero chegar sim, mas não sem antes curtir um bom caminho. Uma boa caminhada com quem se ama. Uma conversa boa, daquelas que não vemos o dia passar. Daquelas que fazem nos perder entre sol e chuva. Quero tudo o que vale a pena.Quero fazer tudo valer a pena. Tudo o que me interessa, como já cantava nosso bom e velho Lenine.

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