quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Simulação e AD... Será que dá?

Nunca na história desse país eu tinha ouvido falar em simulação. E que bom que esse dia chegou. Tive o prazer de me bater com um cara das Ciências Exatas, Lucas Vivas, um colega com o qual partilhei conhecimento para propor o artigo que unia meu campo de estudo, a Análise de Discurso materialista, e o dele, a simulação enquanto conhecimento da cibercultura.



E afinal o que é essa tal de simulação? É um conhecimento especial trazido pelo digital que vai além da representação, antes cria uma realidade em potência, ampliando as capacidades humanas. A questão que nos propomos a discutir é: de que maneira esse procedimento está a serviço da ideologia e como é possível perceber esse recurso como uma materialidade discursiva? Para isso pensamos a ideologia nos parâmetros de Althusser, não como ocultação, mas como prática e modo de evidência dos sujeitos e dos sentidos. 

Confesso que o tema deu muito pano pra manga, pois exige uma revisão de conceitos fundamentais como a própria questão da ideologia, sujeito, discurso e materialidade. Tudo o que eu adoro. Então fomos eu e Lucas nos debruçar sobre o tema para ver no que dá. O resultado foi bastante enriquecedor e, ao meu ver, muito provocativo. Me fez questionar muitas coisas, repensar alguns conceitos... Pensar enquanto pesquisadora.


Bem, nessa altura do campeonato nem daria tempo para eu mudar meu tema da dissertação, mas bem que seria intrigante... Quem sabe no doutorado? O artigo, brevemente, será publicado. Se não for em algum site especializado, posto aqui mesmo no meu blog, no problem, sem crise! rsrs Acho que o que vale mesmo é sair do feijão com arroz, do repetir sempre as mesmas coisas no nosso campo teórico. O que vale é propor, discutir e ampliar. Isso é construção de conhecimento.

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